Se você está cada vez mais interessado no MINIMALISMO e no que isso significa você certamente vai se deparar com uma indicação para o Documentário MINIMALISM – A documentary about the important things.
OBS.: (Se você gosta de filme e documentários vai lá no NETFLIX e assiste, depois vem aqui trocar uma ideia comigo e me dizer o que achou.
Se você prefere ler um resumão com doses da minha interpretação, vai em frente!)
Sem nem precisar entrar direto no conteúdo do vídeo, podemos começar logo pelo subtítulo: ‘Um documentário sobre as coisas importantes’. O subtítulo não é “Como viver uma vida com menos”, “Como desapegar de todos os seus bens e viver com 10 peças de roupas”, ou “Como abrir mão de tudo e viver nas montanhas”. Apesar de alguns destes serem títulos de ótimos livros, a intenção aqui é mostrar às pessoas, e neste caso aos seguidores e curiosos de Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus sobre como despertaram para o minimalismo, e que resumidamente é sobre manter as coisas que fazem sentido!
Espera, tem mais conclusões…
Esse é um processo longo, e um dos mitos que eles citam durante o vídeo é sobre a pessoa se tornar minimalista de um dia pro outro ou que nasceu “desapegada”. Você logo se defende “Ah mas eu gosto tanto de uma coleção! Isso não é pra mim.”
Minimalismo e desapego são um processo. Sem fim, eu diria. Estamos em constante processo de teste e experimentação. Até porque a vida e os nossos papéis também mudam o tempo todo. Minimalismo também não é uma invenção de solteiros e aventureiros – apesar de ser um bom começo e particularmente o que despertou pra mim. Uma família com 5 filhos também pode viver o Minimalismo, claro que cada um com suas reais necessidades, mas sem se apegar à regras ou ‘qual a quantidade ideal de calças eu devo ter no armário’.
Acredito que faltam várias coisas a serem abordadas durante o documentário e acho que o tópico ainda gira muito em torno do tour de lançamento do livro deles e fala pouco do estilo de vida dos dois em si (eu fiquei curiosa). Mas ao longo da filmagem eles vão exemplificando algumas coisas e contando a história de outras pessoas adeptas ao minimalismo com algumas pinceladas superficiais. Mas é um bom começo…
Abaixo são dois exemplos muito reais sobre quem vive pelo menos um aspecto do minimalismo e está diretamente ao que associamos de cara: ROUPAS e CASA
- Project 333: Pensado originalmente por Courtney Carver, trata-se de um desafio que ela lançou para ela mesma, e após acabou virando um fenômeno mundial, sobre viver 3 meses com 33 peças do seu closet (incluindo roupas, acessórios e sapatos). Também conhecido pelo termo “armário-cápsula”, este desafio propõe expor a verdade nua e crua do excesso em que vivemos, e que dá sim pra viver bem com poucos itens sem que ninguém nem perceba, conforme ela conta. (virou livro)
- Tiny Houses & Espaços otimizados: As tiny houses são normalmente containers e espaços de 20 à uns 40m2 (lembre-se, não há regra) onde os viventes mantém extritamente o que precisam. Viver num espaço pequeno desse, comparado às casas normais, te desafia a ter menos, porque obviamente sobra pouco espaço pra armazenar coisas. Ao mesmo tempo, cada cantinho é otimizado de maneira à aproveitar 100% das possibilidades. E aí nesta parte entra uma gama INCRÍVEL, que sou apaixonada, de design de móveis otimizados e multifuncionais.
Isto é assunto pra um post inteiro, vale pesquisar mais, e inclusive tem documentários no Netflix só sobre Tiny Houses. Ao longo do documentário aparecem várias cenas de um consumismo desenfreado e da insanidade das pessoas sempre indo em busca de algo mais. O último lançamento, a última geração, o mais novo, o design mais bonito e o marketing e propaganda sempre nos estimulando para consumir mais, num caminho onde não tem fim.
Um ponto interessante também é sobre “abrir mão do que você teve um dia”. Talvez seja difícil imaginar eu abrir mão da minha casa dos sonhos se eu nunca nem tive ela. Ambos, Joshua e Ryan , contam que tinham uma carreira ‘de sucesso’, cresceram na vida, tinham todos os bens materiais que quiseram um dia. E foi aí quando a chave virou.
Eles citam também Jim Carrey: “Queria que todos fossem ricos e famosos, para que vissem que essa não é a resposta”
Além de eu já ter vivido algumas situações na pele, não super dramáticas, mas que me fizeram pensar diferente, eu acho que podemos sim aprender com o exemplo dos outros. Poxa!Tá um monte de gente aí dizendo, os budistas há milhares de anos, que |Não é este o caminho da felicidade|, já lhe apontaram a direção errada, e você aí vai continuar ignorando sinais e achando que “Quando eu tiver tudo que almejo, eu vou ser feliz”.
“Se você não é feliz com o que já possui, não será feliz com o que deseja ter”
O mais ‘impressionante’ é que vivendo a vida que eles tem hoje, não só eles como outros personagens do documentário, contam que tem riqueza e dinheiro, alcançaram isso de novo através de outros meios. E não é preciso virar nenhum hippie e dormir na praça pra dar valor ao dinheiro e às pequenas coisas.
Paralelo à tudo isso eles também falam sobre MEDITAÇÃO.
Mas o que meditação tem a ver com minimalismo?
Meditação é a melhor forma de nos conectarmos com o presente através da respiração. E é neste momento presente que tomamos consciência que tudo já está e nenhum símbolo externo vai lhe dar qualquer sentimento de satisfação que você está buscando. Pode dar, temporariamente… Conforme o exemplo deles, quando você compra um carro novo você sente satisfação. E então você quase se mata trabalhando para comprar o segundo, e de repente você se dá conta que já não é mais a mesma satisfação do primeiro.
Cada início de palestra e encontros que eles vão participando começa com a seguinte frase: “Imagine uma vida com menos…”
Eu gosto da palavra IMAGINE por que de fato te remete à um lugar novo e você se coloca lá.”Menos preocupação, menos contas à pagar…”E logo em seguida eles acrescentam “Agora imagine uma vida com MAIS…”
Portanto, se você quer aprender e viver o Minimalismo na sua vida, eu sugiro o documentário como um bom START. E a partir dessas outras vertentes que surgem, pesquise mais, faça testes e experimentações no seu estilo de vida, e lembre-se de manter não somente o que é útil, mas o que te traz alegria! (já diria, Marie Kondo). Clica nesse link onde eu falo mais sobre ela e os livros que escreveu.